SONETO-MÚMIA, NUNCA MAIS
“Aos poetas da Aventura”
Quando eu te vi pela primeira vez, Seiscentos anos feitos na memória, Foste p´ ra mim mister que satisfez A versejar poemas - longa história. Em Miranda viraste português, Naquela letra que cresceu notória, E cantaste com Camões de lés-a-lés Vivendo agora em magra trajectória. Foram parcos os frutos da colheita Pois que te viste triste e amordaçado Pelos catorze versos do sistema. E, se a tua vontade não se endireita, Estagnando num antro de exilado, Terminarás um dia em chaga extrema. Deixa, ó Soneto, evaporar teus ais… Pois que “soneto-múmia” nunca mais! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 24/01/2015
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