BALADA DO PRISIONEIRO
Passou o Natal, passou o Ano,
Passarão os próprios Reis E vai passar o vil tirano À sombra de injustas leis. Ó crua insensibilidade, Que não sentes o cativeiro, Onde está a causalidade Que acorrenta o prisioneiro? Não há crime, não há morte, Só se fala em corrupção. Não cairão p´ la mesma sorte Muitos outros na prisão? Tal vai esta hipocrisia Que vê cisco em vista alheia E não vê trave nem valia No tormento da cadeia. Ó poder alucinado, Como custa governar Quando se tem algemado Um orgulho a latejar… Libertai os prisioneiros, Vós, ó corações imbecis, Porque sereis os primeiros A perder o vosso verniz. E s´ houver lágrimas estremas De pálpebras inocentes Sejam elas as algemas Das vossas próprias correntes! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 02/01/2015
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