IGUAIS, UNS MAIS QUE OUTROS
A República que nos calhou
É bem nobre em qualidades Entre elas a que encantou Foi a de haver “igualdades”. O critério que as destaca, Por uma ou outra razão, É o direito que as demarca No que toca ao cidadão. Ouve-se dizer por demais, No horizonte da política, Que na lei são todos iguais Mas ninguém aceita a crítica… Quanto a isto, o País já viu Até à saciedade, Que toda a máscara caiu Ficando nua a verdade: Todos são iguais, olaré! Não se procure mais lustros, Até um cego já vê: Iguais? Uns mais que outros… (Parêntesis há que fazer, Com pezinhos de veludo, Venha o dinheiro pra se ter Bastante igualdade em tudo!). Temos República excelente, Honra pra quem a criou, Canta o fado toda a gente Já cá não ´stá quem falou… Pelo nosso quotidiano O que vemos brada ao céu Cai a nódoa no melhor pano E, no fim, o burro, sou eu!? Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 04/12/2014
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