TEMPOS DE INCERTEZA E ESCRAVIDÃO
“Qualquer semelhança com os tempos actuais
É pura coincidência!” A história testemunha, sem contestação, Pelo que vemos dia a dia e a cada passo, A prova de que o ser humano é devasso Nos tempos de incerteza gémeos da ilusão. Desde o estadista Sólon, ilustre cidadão, Que à vida da República deu, sem cansaço, O testemunho do saber e o seu espaço Banindo desta terra a triste escravidão… Passando ao lado dos irmãos assassinados, Porque esses bem tentaram e foram esmagados, Impôs-se aqui e agora a desumanização E mais que tudo isso a vil ingratidão. Dos pratos da balança de cada ser humano Num deles morará o alfobre da justiça No outro, quem o sabe, ali mora um tirano Que anseia uma Nação refeita e submissa. Ai Sólon, Sólon, porque subtraíste os marcos À terra livre? Vês? Agora tens os charcos! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 25/11/2014
Alterado em 25/11/2014 |