SONETO OUTONAL
Gotas de água deslizam nas janelas
E o vento agita as folhas no arvoredo Que vão caindo tristes, em segredo A denunciar as penas dentro delas. As aves, ainda ontem sentinelas Cantando ao desafio de manhã cedo, Abrigam-se por hoje entre o vinhedo Esperando que o sol chame por elas. Também eu, com as penas engelhadas Num fim de tarde muito denegrido, Trauteio as minhas ânsias em baladas. Compondo este soneto desvalido Com as ideias meio emparedadas Não oiço deste outono o seu ruído… Mas cá dentro de mim, em sinfonia, Sinto porém um disperso alarido Com sonhos e emoções em sintonia. Frassino Machado In MUSA VIAJANTE
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 03/11/2014
Alterado em 04/11/2014 |