À LEI DA MULTA
Era uma vez uma Nação…
Governada por gente inculta Que em vez de educação Só pensa a caça da multa. Muito custoso, pois claro, O fazer compreender Esse Bem excelso e raro De um justo “saber viver”. Vai daí, por tudo e por nada, Muitas vezes sem razão, Aplica-se uma chumbada A qualquer contra-ordenação. Não está em causa o altruísmo, Muito menos o ter direito: Prolifera o facciosismo E a procura do proveito. Fala-se em autoridade, Ignora-se a cidadania E, no que toca à equidade, O que impera é a hipocrisia. Gente inculta em vez de Estado Quem lá está canta de galo Vive de bom ordenado E os impostos são um regalo. - Faça favor, está autuado – Diz o agente com presunção. - O senhor vai ser multado Por essa contra-ordenação. - O que se passa, senhor agente? - Não tenho que esclarecer, Ou paga aqui para a gente Ou terei de o prender! - Eu irei para o tribunal, A um qualquer não vou pagar! - Ok, a mim tanto me vale, No tribunal será a dobrar! Diz o Zé: - Tanta vigarice, Estão todos combinados, Multa a multa, é só chulice E nós continuamos lixados. De alto a baixo é tudo o mesmo, Esta é a verdadeira questão, O desrespeito anda a esmo Braço dado co´ a corrupção… Quer se chame multa ou corte, Anda tudo de pantanas, Esta é a malfadada sorte Desta República de Bananas. Será estória ou verdade? Olhando bem para a essência, O ser parecido à realidade Até parece coincidência! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 29/08/2014
Alterado em 30/08/2014 |