O VALE DAS ABRÓTEGAS
Por entre pinheirais e matagais, voltado ao norte
A meia milha entre Candoso e as Senhoras do Monte, Estende-se um musgoso vale, esverdeado horizonte, Qual manto acolhedor do mais finíssimo recorte. Ressurge em cada ano neste fresquíssimo vale Em anúncio encantado da esperada Primavera E num hino esfusiante, já com o Verão à espera, A abrótega-princesa a quem nada se equivale. Rainha da floresta, a mais bela das brancas flores, Todos a colhem para o enfeite das moradias Ampliando a energia como fonte dos amores… Há festas e girândolas, nos sinos badaladas, Tapetando os caminhos com cânticos e harmonias Em vida que desperta no abrir das madrugadas. Ó minha esbelta flor, se há anjos d´ asas sem labéu, Tu és o astro que na terra nos reclama o Céu! Frassino Machado In CANÇÃO DA TERRA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 17/07/2014
Alterado em 17/07/2014 |