BRASILBÓLIA 24, O DILÚVIO DE BELO HORIZONTE
“Ao Filipão do Povo”
Diligente falcão, do mundo conquistador, Ó Grande Filipão de futebol arconte, Sobre ti se abateu um dilúvio e uma dor No tresloucado Mineirão de Belo Horizonte. Na Arca da desgraça há muitos detractores Que ora te querem inundar de dissabores. A galante brazuca bailou pelo gramado Disposta a fazer prova de alta competência Mas os germânicos panzeres com excelência A devoraram e, para ti, nasceu o fado… Fossem outras circunstâncias e conjunturas À tua volta haveria risos e não censuras. O teu sonho foi inundado pela má sorte De tristezas e contingências imponderáveis E ninguém, mais que tu, atingiria o norte, Pois de ti falam teus sucessos admiráveis. Mas, ao baixar das turvas águas, volta a dança E, por certo, haverá outro dia com esperança. Não é preciso que te armes em sucupira Basta sugares o doce néctar das tulipas Que a verdade de hoje amanhã será mentira E a tua ilustre oposição cairá em farripas. De corvo te fizeram mas, como vingador, Terás maior deleite do que um beija-flor. (A memória de toda a gente é diminuta Pois o que conta são os troféus e resultados, Ficando destruída a obra na disputa E o seu mentor no negro rol dos desgraçados.) Importa pois, ó Filipão, em contradança, Que brilhe novamente o arco da Aliança! Frassino Machado In A MUSA DOS ESTÁDIOS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 11/07/2014
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