BRASILBÓLIA 19, O FADÁRIO PORTUGUÊS
O sonho é o alimento dos filhos da Nação,
Qualquer que seja o horizonte da aventura, Mas é na onda da quimera e da ilusão Que a rota do destino em si se prefigura. Mas nossa barca, sempre aos ventos do sucesso, Em plena praia morre quando de regresso. Tudo é pensado, dizem todos, ao pormenor E conjecturam-se recursos e maravilhas Mas olvida-se que há sempre um Amazonstor Ambicionando a cada hora ter partilhas. Não chegam os talentos e as justas ambições Falta adornar a alma de humanas emoções. Por mais que as tradições da gesta lusitana Tenham vezes sem conta isto mesmo demonstrado Há sempre outras lições de uma frieza insana Que todo ingénuo espírito deixa inquietado. Que o digam os interesses e o oportunismo À volta de qualquer evento ou brilhantismo. Se é certo reconhecer projectos inocentes Que valorizam com justiça a realidade Também é certo ser comum por entre gentes Haver inquieta especulação e vaidade. É o paradigma pleno do ancestral sistema Incapaz de cortar p´ la raiz este dilema. O mea culpa segue dentro de momentos: Nunca tivemos sorte e sobrou-nos o azar, Surgiram fraudes e as mazelas e os tormentos, E até os lugares e os climas de pasmar. A priori, comporta dar valor à diligência Para depois se confrontar a competência. E vós, ó lídimos atletas, qual o desenho Patenteado na hora de enfrentar a luta E vós, ó dirigentes, qual o desempenho Que tivestes e, já agora, que tipo de conduta? Dar ares de um saber, sem o ter, é muito feio E de vãs intenções está o inferno cheio. Por fim, ó patrocinadores ambiciosos, Ó protectores divinos, sumida a garantia Que sempre propusestes muito generosos, Qual a contrapartida p´ ra lusa nostalgia? A resposta que tendes é o néctar do fado E a terapia da saudade como legado! Frassino Machado In A MUSA DOS ESTÁDIOS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 27/06/2014
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