MÁQUINAS DO MUNDO
“A todos os trabalhadores”
Ó vós, que laborais desde a aurora do sonho, A vida, o corpo, a mente e até a própria alma Empenhais, num agir profundo e tristonho, Quais máquinas do mundo que o destino acalma. Ó vós, que não olhais nunca à vossa vontade, Nem vossos gostos e paixões podeis zelar Mas, sim, contribuís com toda a propriedade Para um alheio capital desencantar… Ó vós, que gravitais à volta do universo, Procurando encontrar um chão que dê sustento, Para que cresça a prol, o lar e até o berço Onde possais fruir com suave acolhimento. Ó vós, a quem o mundo deve o próprio ser, E que, sem vós, jamais o oiro brilharia Nas mãos dos poderosos que riem de prazer Por vós serdes maná da sua mordomia. Vós sois as máquinas do mundo eternamente E o mundo não vos reconhece como gente! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 01/05/2014
|