CORTE DE CABELO
“Aos ingénuos da globalização”
A cada cabeça humana Cabe um lugar por modelo Ter a mania soberana Num só corte de cabelo. Há manias sempre à solta De pobreza franciscana Pensar que um “corte” dá volta A cada cabeça humana. No tempo da velha senhora Não se ligava ao cabelo Porém hoje a toda a hora Cabe um lugar por modelo. Fazer corte sublimado Dá uma aparência bacana Mas é desavergonhado Ter a mania soberana. Numa pessoa qualquer Ninguém liga a este apelo Mas há um VIP com poder Num só corte de cabelo. Depois de tanto fruir Seus tiques com aparato Esta, agora, dá pra rir E é loucura ao desbarato. Não interessa compreender O ritual deste festim, Mas urge saber viver Sem dar sentido ao chinfrim. Quanto a “cortes” não é monta, Toda auto-estrada tem berma, Se um homem não faz de conta Até lhe chamam “palerma”! Frassino Machado In AO CORRER DA PENA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 27/03/2014
Alterado em 27/03/2014 |