OS ZÉFIROS DA CRISE
“Aos lusos desesperados”
Estes tempos da Crise qu´ há já não convencem Pois tudo se discute até à saciedade Sem nunca pôr à prova a justa qualidade De subtis casos e mais casos qu´ entristecem. Palavras e palavras são o condimento Daqueles que se encontram já desenrascados Mas, por instinto humano que suporta os fados, A opinião geral não dá consentimento. Há um campo de batalha bem diferenciado Numa distância contundente vertical Dizem haver quem goze a vida de abastado E também haver mais quem viva muito mal… Dizem - oh dizem! - que é difícil compreender: Que há zéfiros que trazem fados benfazejos Que a boa sorte a todos possa enriquecer, Mas, porém, zéfiros ditosos são desejos Que a boa crença acaba sempre por morrer E frutos que se vejam apenas relampejos! Ai, oh tempus, oh mores, neste alvorecer Que é que haverá mais para nos acontecer? Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 25/03/2014
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