BALADA DO ROUXINOL
“Ao príncipe dos cantores”
Eu rouxinol me confesso Tenho asas para voar À Natureza agradeço Este jeito de cantar. Eu nasci para ser livre Com este canto jucundo Este dom que sempre tive Faz alegrar todo o mundo. Sou pássaro e não o nego Outra roupagem tivera Sou feliz e quando chego Chega logo a primavera. Cada ave tem seu canto Eu gosto de apreciar Todos se vergam de espanto Quando me ouvem cantar. Prezo muito a liberdade Do meu modo de viver Esta vida é qualidade Que dá saúde e prazer. Às vezes me acorrentam Numa casa, numa gaiola, Se há aves qu´ o aguentam Eu não sou dessa bitola. Passo a vida a cirandar Gosto que gostem de mim Não me quero agrilhoar Como escravo até ao fim. Mantenho sempre a distância Tenho um voo selectivo Odeio qualquer mercância Muito menos ser cativo. Quando me falta alimento A ninguém vou exigir Deixo-me ir com o vento Pra doce lar construir. Também sou apaixonado A Natureza é madrinha Tenho amiga, tenho um fado, E um canto que acarinha. Há sempre um ramo perdido Numa árvore de esperança Sinto-me bem protegido Nesta aragem que balança. Canto meu, vida discreta, Gosto de ser como sou Sou pássaro, sou poeta, Um poema m´ enfeitiçou! Frassino Machado In CANÇÃO DA TERRA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 24/03/2014
Alterado em 24/03/2014 |