RIMAR OU NÃO RIMAR, EIS A QUESTÃO
“Aos poetas angustiados II”
A Poesia é a suprema liberdade, Há que se dar o braço a torcer, Mas em nome da poética verdade Urge que alguém s´ empenhe pra dizer: Toda a escrita poesia pode ser Se a mesma tiver arte e qualidade. As palavras ao serem aleatórias Pelo discurso da regra oficial Poderão parecer mui peremptórias Ao representar mesmo algum papel Mas fazer delas poética a granel Podem ser tudo menos meritórias. Ao ser assim, será poesia ou prosa? Em presença de frases ou segmentos Considerar-se-á como engenhosa Mas, como poema, só averbamento E, para nosso descontentamento, Poderá tudo ser menos graciosa. Rimar ou não rimar, eis a questão O que é assaz difícil, bem sabemos, Mas se o rimar tiver boa afeição É na música que o reconhecemos E pela lira e alma que lhe dermos Eis aqui seu valor e inspiração. Poetas, se me ouvis e vos prezais, Na vocação que tendes por mister Não entreis em angústias informais E rimai sempre que vos aprouver Pois vossos louros hão-de renascer Na nobre Poesia que sonhais! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 21/03/2014
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