LEITOR EQUIVOCADO
“Réplica a um certo leitor”
“Ó Praxe, bendita Praxe, Praxe da minha paixão És para mim um relaxe Dona do meu coração!” Esta quadra que versejei E só depois desenvolvi A um leitor, pelo que sei, A sua mente surpreendi. Fez-se um leitor equivocado Fazendo grande confusão Entendeu conteúdo errado E deu-lhe outra interpretação. Esta trova que eu compus Nada tem de reaccionária É um poema cheio de luz Acerca da praxe usuária. Não há conteúdo a esconder E muito menos embrulhado Mas há um fenómeno a reter: Há sempre quem leia apressado. Onde é que está a nostalgia Que o mesmo leitor suspeitou? Quem é que não tem alergia Ao velho tempo que passou? O tema é muito delicado, De uma humana sensibilidade, Mas nunca estará mascarado Pois é uma pura realidade! Há quem no olho do vizinho Veja sempre mísero argueiro E põe a vida em desalinho Com miopia de fraco olheiro! Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 04/02/2014
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