TROVAS DA PRAXE ARDENTE
Ó Praxe, bendita Praxe,
Praxe da minha paixão És para mim um relaxe Dona do meu coração. Todos te odeiam, é certo, Se o dizem logo te invejam Andam longe mas estão perto Pois, no fundo, te desejam. Hoje não vou à lição Que para mim é um açoite Pra preparar a sessão Não durmo nada de noite. Há duas semanas a fio Eu estou a preparar-te Para mim é um desafio O integrar-me com arte. Eu bem sei que sou caloira E caloiro tu és também Antes numa manjedoira Do que nas saias da mãe. Para ser bom estudante Com saudável estatuto Há que dar nome sonante A este nosso Instituto. Há muitas praxes por aí Todas elas têm valor A nossa pelo que ouvi É de todas a maior. Somos amigos, colegas, Nada haverá que temer De peito aberto às refregas Temos genica e prazer. Nada há de humilhação Neste jogo tão sincero Mas há, sim, superação Para qualquer destempero. Se houver riscos, certamente Não há nada que espantar Está na hora de ser gente Aprendendo a triunfar. Sois caloiros, nós veteranos, Ninguém pense em disparate Temos disto muitos anos Num currículo de combate. Esta vida estudantil Não pode ser catavento Precisa de ser viril Com praxes d´ imolamento. Juntemos aos rituais O útil e o agradável No campus ou nos quintais Serás sempre responsável. Haver praxe é tradição Ninguém pode contrapor Nunca falta animação E há espectáculo de primor. Reforcemos nossa história Com ousadas emoções Faz justiça com memória E enriquece as gerações. Com um tal arrazoado De um ilustre condutor Há prestígio assegurado Para o Ensino Superior. Ó Praxe, bendita Praxe, Praxe da minha paixão És para mim um relaxe Dona do meu coração! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 02/02/2014
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