LIBERDADE ESCRAVIZADA
«A Saga do Homo Economicus»
“Réplica a Catarina Pinto Bastos” Tantos séculos em luta Por um sentido pra vida Na mais sublime disputa De liberdade repartida… A essência primordial Do ser humano pensante É o desejo estrutural De se tornar dominante. Dominar e ser distinto, Dos outros seres animais, Satisfez o seu instinto Entre os pares desiguais. Do caminho a percorrer, Quer no tempo quer na idade, Precisou de convencer Conquistando a liberdade. Liberdade fez-se Lei Que lhe deu dominação E da vida se fez rei Com a espada da razão. Da ambição fez valor E da energia a firmeza Do orbe acordou senhor P´ lo controle da riqueza. Ao tê-la não quer mais nada, Faz-se mesmo sedutor, Em liberdade escravizada Para ter poder maior. Cada dia vai passando Neste estranho horizonte E a riqueza acumulando No suor de cada fronte. Da riqueza fez poder Ela é mesmo a sua essência Liberdade a acontecer Só se for na dependência. Tem poder quem tem dinheiro, Mesmo sendo a menor parte, E a lei desta vem primeiro Porque a outra não tem arte. Sem arte e sem condição Aos quatro ventos da sorte Para ganhar o seu pão Fica escravo até à morte. Onde mora a Liberdade, Não me dizes viandante? Quanto mais tenho saudade Mais ela mora distante! Frassino Machado In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 28/01/2014
Alterado em 28/01/2014 |