“A um poeta que busca
O sentido das coisas
Sem o encontrar”

Andas perto, meu poeta, andas perto
Eu acredito mesmo que chegues lá
A Lira te protege, neste deserto,
Se não chegares hoje, talvez amanhã…

O despertar da alma – a tua Lira –
É, sim, ela mesma, o teu fiel destino
Que te dá razão e nunca mentira
Na eterna diáspora sem desatino.

O sentir das coisas ´stá no teu “dentro”
Qual brilho incandescente que seduz.
Lira mora em ti a cada momento
Co´ ela sentirás grão prazer e luz.

E quem colocou tua alma em água,
Sem ponderar bem essa nostalgia,
Chorará agora sua própria mágoa
Receando ofender a tua poesia!?

Para que se salve a fé neste Enigma
Rasga p´ la raiz todo o teu estigma!

Frassino Machado
In LIRA BEM TEMPERADA