CEMITÉRIO DA CRISE
“Dia de finados 2013”
Este dia de brumas dilacerante Com rostos macerados de espanto Tem palavras vazias, negro manto Num espelho de crise angustiante. Com braços estendidos, voz semblante, Deserto abandonado em desencanto, Vão adultos e velhos ao campo santo Contar as dor´ s da alma lacrimante. A mesma fala dobra-se ao lamento De ninguém saber bem a quantas anda Nesta terra despida de sustento. Como é gritante esta vil desmanda, Feroz cavalo que partiu no vento, Num destinar incerto sem desanda. Corrupção, injustiça, desemprego, Cemitério de crise, d´ sassossego, E cada dia mais e mais tormento! Frassino Machado In MUSA VIAJANTE
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 02/11/2013
|