SOLIDÃO DISTANTE
Aos emigrantes
Ó Andorinhas de asa solta, Que minha saudade trazeis, Dizei-me na próxima volta Se minhas penas conheceis. Naquela aurora que vivi Ao ver-vos em sinuosos giros Uma angústia eu descobri Entre lágrimas e suspiros. Sofrendo estou desmotivado Desencontrado de razão Nesta azáfama desterrado Sem condimento e condição. Passo todo o tempo a sonhar Com o vosso alegre recorte Que me faz sempre lamentar Não ter conseguido outra sorte. Os meus dias e minhas horas Quero, andorinhas, que saibais Que não tolero estas demoras E muito menos sofrer mais. Desde há muito que vos espero Na minha brumosa quimera Tirai-me do exílio severo E devolvei-me a primavera! Frassino Machado In CANÇÃO DA TERRA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 28/10/2013
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