A CASA DO ALTO - I
A Raúl Brandão
Aquelas soltas pedras serpeando a Arrochela Que o ruim caminho bordejava para o Alto Suspeitavam que aquela Casa era singela. Cascatas de água clara em sussurrante assalto Celebravam trinando a aposta em lá chegar Topando as botas no granito e no basalto. Um sorriso de sol, bovinos a pastar, Inalando perfume a húmus pelos campos, E o passaredo esvoaçando p´ lo pomar. Vestida de hera verde pelos quatro cantos A Casa acolhedora feita em pederneira Gritava a cada palmo ternurentos prantos. A sombra da latada esbelta e altaneira, Plantada pelo sonho de Raúl Brandão, Saudava ali a Casa do Alto em Nespereira. Ali, sim, encontrei com toda a comoção A mais bela escultura da alma da Nação! Frassino Machado In CANÇÃO DA TERRA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 15/10/2013
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