A um amigo de
Feitio especial  

Ó grande amigo Rui de Telo, sem Cabral,
Nunca o confundi com esses seringais…
Da minha parte era torpeza por demais
E, com certeza, assentar-me-ia muito mal.

Não, meu amigo, eu nunca pensaria em tal
Pois, entre todos os lídimos maiorais,
É o melhor Rui Cabral, entre os comuns Cabrais,
Que existe neste badalado Portugal.

Aquela cena que fez o Rui virar mau
É tão só literatura para dar nas vistas
Denunciando a vil coutada dos vigaristas
Que proliferam no país a dar com um pau.

Se usei os termos “mau” e “pau” foi p´ ra rimar
Que o meu amigo tem um feitio exemplar…

Com esta qualidade de cariz admirável
Dir-lhe-ei de uma forma bem a transbordar
Que será, certamente, “pesca” sustentável!

Frassino Machado