OUTONO ENVERGONHADO
Sobre o colo da terra ressequido
Caem lágrimas de água esbranquiçada Matando d´ alma a sede atormentada P´ lo fogo criminoso enraivecido. Há nas ervas um hino enaltecido E a Natureza surge engalanada Escancarando um´ ânsia afortunada De um mavioso canto renascido. O silêncio das aves, com seus medos, Retoma o seu lugar acinzentado Num santuário de paz e de segredos… E os vinhateiros colhem em todo o lado, Nas fileiras grisalhas dos vinhedos, O fruto deste Outono envergonhado. Que se abram dos ouriços as entranhas E um festivo sorrir esperançado Dê gosto prazenteiro às castanhas! Frassino Machado In CANÇÃO DA TERRA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 02/10/2013
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