UM ASNO À SOLTA
Rio Ave, 2 x Sporting, 1
Depois de tanta desgraça E desta aposta perdida Eu não sei o que mais faça Para aguentar a devassa Que estou sofrendo na vida. Já fui o Rei desta selva Tive vitórias bastantes Comi carne, comi erva, E nada mais me reserva Só vir a ser como dantes. Pintos, Oceanos, Bruxelas Não me foram de feição P´ ra não cair em esparrelas Fui buscar entre as estrelas Um Ferreira de eleição. Mas fico agora sem graça Por mais um jogo perder Minha fama é bem madraça Não há sorte que satisfaça Nem sei mesmo o que fazer… Remei no Rio das penas Entre a parede e a espada Depois de tão negras cenas E maldições às centenas Não me resta mesmo nada. Ó tempo, volta para trás, Eu quero de novo sorrir Neste deserto sem paz Por não poder ser audaz Terei mesmo que fugir. Mas eu não sei para onde, Só vejo loucos à volta Aqui em Vila do Conde, Onde a vergonha se esconde E até um asno anda à solta! Frassino Machado In RODA VIVA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 03/02/2013
Alterado em 03/02/2013 |