Porto da Paiã, Janeiro de 2013

Olá Ana, minha amiga, tudo bem?
Olha que não é Anti Manifesto! Isso é o “outro” que serviu de base à crítica formulada. O autor desse que referiste é uma outra pessoa... O meu denomina-se pura e simplesmente MANIFESTO e nada mais: MANIFESTO DO HOMEM NOVO...tal e qual, ok? Não há "picardias" lá pela Academia, como tu sugeres, não! O que tem havido, sim – e louve-se o fenómeno – são combates (polémicas) em prol da Cultura e da Arte, isto é, um ataque intencional ao “desl-eixo” que vai lavrando pelos fóruns intelectuais. Doa a quem doer... as circunstâncias que vivemos actualmente são tais que se impõe urgentemente o agitar das «massas jovens», e não só, bem assim as consciências - ditas cultas – chamando à atenção para o "rengue-rengue" que por aí vai, entendes? E, de há uns anos a esta parte, não se vislumbram no horizonte sinais de que “isto” entre nos eixos!?    
Como se sabe, hoje em dia estamos a assistir à "passerelle das gerações descartáveis" na mente das quais impera uma identidade amorfa e, o que é pior, desinteressada e desmotivada que não anda nem desanda! Talvez alguém se esteja a aproveitar disso, nomeadamente «a dita economia de mercado, que de mercado não tem nada… Quiçá estamos, todavia, em presença de um emaranhado de redes de «negociantes da banha da cobra» sem escrúpulos, e com um único sentido: o canalizar dos frutos do bem comum para as carteiras cada vez mais recheadas da moeda de Mafeo!» E quase toda a gente vai assobiando para o ar "a ver se a Crise passa!" E os “posidónios” somos nós, coitados! E ainda por cima temos de pagar a factura da dita!
Sabes, esta reflexão daria pano para mangas, mas, mais vale ficar por aqui para não entrarmos cedo de mais em agonia existencial!
Cumprimentos cordiais e um cheirinho a saudades, para irmos fruindo graciosamente do tempo que ainda vamos tendo à mão.
Volta sempre. O poetAmigoAodispor Frassino Machado

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