A Tertúlia da “Saraivada”
Ajustou com todo o primor
Eleger o fiel camarada
Saraiva como Reitor.

Adérito, Diogo e Valdir,
Alves, Machado e Cação
Assumem para fruir
O Saraiva por eleição.

Adérito, homem sem sono,
Com uma folha de estalo,
Se um dia vier a ser dono
Fará do Colégio um regalo.

O Diogo bonacheirão
Da Ciência apaixonado
É da Tertúlia um filão
Para ser investigado.

Valdir, que bem se abotoa,
Em tons que dá gosto ouvir,
Com a sua viola entoa
Umas mornas de fugir.

O Alves sem maquineta
Faz as contas a brincar
A Crise com ele é treta
Não há nada que enganar.

O Cação, só de encomenda,
Está difícil de esfolar
Saiu cá uma boa prenda
Se vier é para ficar.

Quanto a mim “machado” serei,
Não há já nada a fazer,
Se gostarem continuarei
Se não, dá para aquecer…

Quanto ao Saraiva, pois é,
Aceita-se o Reitor ser,
Onde ele põe a mão e o pé
É sempre para valer.

Não sei se fora alguém fica
Ou se até venha a emergir
Sporting, Porto ou Benfica
O que convém é curtir.

Tertúlias, é o que mais há
A nossa tem estaleca
“Saraivada”, hoje e amanhã,
É mesmo levada da breca!

Frassino Machado
In RODA VIVA