PRENDAS NATALÍCIAS II
II
GERAÇÃO DO PAI NATAL Na setentrional e frígida Lapónia renasceu uma lenda ancestral dizendo que uma rena pelo Natal levava um ancião em seu trenó Barbas brancas e rubro paletó denunciando uma força natural transportava num saco colossal milhares de prendas e falando só. - Estas que levo, p’ ra quem são, totó? - Esta memória está passando mal pois não me lembro já daquele postal... pedindo, além de prendas, pão-de-ló... - Ah, pois é isso, que cabeça a minha, anda lá mais depressa, ó reninha! III - Ohu, ohu, ohu, ohu, as últimas oferendas que trouxe para esta terra de parvónios, antes eu as deixasse lá para os lapónios e pouparia, assim, as suas reprimendas. Passei a minha vida a visitar vivendas num alternado corrupio dos demónios, fiz-me velho e gastei meus ricos patrimónios e como prémio nem ganhei p’ ras encomendas. - Ohu, ohu, eu já perdi o antigo atrevimento e não confio mais no meu pobre idealismo pois só se vê por todo o lado consumismo e até as crianças têm mais afoitamento... - O reino que era meu deu já o que tinha a dar, resta saber onde é que tudo vai parar !? Frassino Machado In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 24/12/2006
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