Brilhava no horizonte a aurora matutina
e entre nuvens ‘spreitava um sol amedrontado
num ténue orvalhar de branco cortinado
que fazia chorar a relva cristalina.

Invadi todo o espaço com olhar sagaz
na certeza de estar chegando o ano novo
dois mil e dez e descobri sem muito estorvo
entre os homens o Dia Mundial da Paz.

Assim se escreveu na Convenção do Orbe
sem ter havido entre as vontades evidência
e muito menos um debate repartido…

O Ano Novo e a Paz, segundo me ocorre,
jamais tiveram entre si grande coerência,
por faltarem a mente, a alma e o sentido!


Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA