A CANTATA DA BAVIERA
No grande palco de Munique se encontraram,
num estádio repleto de milhares de fãs, duas fortes equipas que entre si travaram um prélio decisivo e muito contumaz. Os Lusos e os Gauleses evoluíram bem colocando na relva todos os talentos: os Gauleses num ritmo inferior a cem, os Lusos mais afoitos mas sem nutrimentos. Trocaram mimos no seu banco os generais denunciando os excessos do juiz comum mas na balança os pratos eram bem iguais que a todos ele mesmo tratava um a um. Contudo há dias em que a sorte não nos quer diz todo o povo, pelos vistos com paixão, pois cai a nódoa em rico homem ou mulher se o mal nos acontece com ou sem razão. Foi desta forma que Carvalho claudicou fazendo falta na área da proibição e se nesta campanha alguém s’ agigantou foi ele, por isso mesmo não o culpemos, não. Assim o bom Ricardo teve de gramar que o Zizou assumisse um tal de ruim papel violando as suas redes para lhe marcar aquele agreste golo com sabor a fel. Ó triste sina, ó rude condição ‘scutai o que neste momento eu tenho p’ ra dizer: não fora esta pena que ora sobressai nós, Lusos, os Gauleses íamos vencer. Todo o mundo observou até ao fim do jogo qu’ o domínio foi bem maior do nosso lado e assim o refrigério se mudou em fogo chorando a tradição e lamentando o fado ! Frassino Machado In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 06/07/2006
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