OS MAGRIÇOS NA ALEMANHA
A VIGÍLIA DOS MAGRIÇOS
I No Salão nobre do motel, naquela quadrangular mesa, reuniu-se a futebol-nobreza sob as ordens do coronel. Ali riscaram um vergel de geométrica singeleza fazendo contas com firmeza, como num tablado em papel. Rei Scolari pregou sermão, de Scaliburi em sua mão, ditando o rumo da Vitória. Todos de pé, olhos adiante, gritaram com alma, avante ! Eis nossa sina, eis noss’ história ! II SONHO DOS MAGRIÇOS Na távola esverdeada os Lusos cavalgavam sobre os ginetes belos, belos seus feitiços, as fortes armas e os arneses qu’ espelhavam naqueles rostos a energia dos Magriços ... Memorável Torneio há muito anunciado, quis a sorte escolher os Bretões, que s’ armavam, e, sendo p’ro troféu o prélio preparado na távola esverdeada os Lusos cavalgavam ... Correndo sobre a relva a bola incandescente por Santo Graal s’ eleva além dos bons serviços deixando entontecida toda aquela gente sobre os ginetes belos, belos os feitiços ... A liça transformou-se, por força do embate, na prova contundente pela qual lutavam pondo em confronto, nos dois lados, sem dislate, as fortes armas e os arneses qu’ espelhavam ... Quão espantosa se tornou a dura luta deixando, todavia, os corpos inteiriços que a alma lusa logo ali virou permuta naqueles rostos a energia dos Magriços ! Frassino Machado In MUSA VIAJANTE
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 30/06/2006
Alterado em 01/07/2006 |