TROVAS A VIEIRA
Letra e Música de :
Francisco de Assis António, António, António Vieira, Companhia de Jesus António, António, António Vieira, maravilha sem igual: o teu verbo é sementeira e a tua Fé é a luz, é a Luz de Portugal ! Tu nasceste na Ribeira, na Ribeira de Lisboa, entre a Sé e Madragoa e te chamaram Vieira. Foste um menino brigão nas vielas da cidade e logo de tenra idade mamãe moldou-te a razão. Com a família partiste para os confins da Baía onde tal sabedoria entre muitos construíste. De casa saíste cedo e não fizeste partilhas qu’ a Virgem das Maravilhas abençoou teu segredo. Viste nativos caçar, os negros muito sofrer, que sonho houveras de ter, se não a todos livrar? Uma guerra perdulária, parecendo não ter fim, fizeste dela um clarim com alma missionária. Os tiranos bem temeram o teu ousado talento e fazendo juramento sumir-te ali prometeram. Chamou-te a Restauração, nesta Terra Lusitana, vieste co’ a tua gana ajudar El-Rei João. Pela Europa entre Nações temida Guerra afrontaste, um Rei, afinal, ganhaste e com ele os corações. Havia gente cobarde, tu mesmo o denunciavas, sua inveja destroçavas ou mais cedo ou mais tarde. Até, por triste mistério, te acusaram sem razão d’ esperar D. Sebastião e com Ele ser Império. Destas máscaras de Vaidade rias tu com galhardia entre brumas certo dia partirias da Cidade. P’ ra não teres mais vertigens da loucura dos mortais dos teus projectos leais recuperaste as origens. Agradecem-te as Nações teres sido dos primeiros e mais nobres pioneiros a quebrar cruéis grilhões. Sem Bandarras e sem Castros, entre ideias viciadas, há bandeiras desfraldadas no pico dos Altos Mastros. De Vieira reza a história, haja ou não geral convénio, ninguém foi tão grande génio nesta Pátria sem Memória… Frassino Machado In “Os Filhos da Esperança”
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 25/06/2008
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