ONDE MORAS, POETA ?
Onde moras, tu poeta, que me desconheço e me perco no espaço que habita entre mim e ti? Onde habitas, tu poeta, que me reconheço e me encontro no espaço que mora entre ti e mim? Eu moro certamente entre as janelas aniladas, por onde trespassa a cada hora o teu olhar, Eu moro certamente entre as fúlvidas ondas que cercam em espiral teu cândido rosto. Eu moro certamente entre os sons harmoniosos que deixas passar cada dia através do teu sorrir... Onde moras, tu poeta, que já deixei de reconhecer a terra que suporta os nossos passos peregrinos ? Onde moras, tu poeta, que já não distingues as indeléveis emoções que ambos revestimos? Dentro do meu sopro e do teu arfar, eu moro, entre o meu pensar e o teu sentir eu espero, Dentro do meu sonhar e do teu corpo eu sinto entre aquilo que eu sou e o que tu és eu vivo. Apenas quero que não esqueças nunca mais que a luz daquela estrela, que entre nós cintila, Brilhe vinte e quatro horas eternamente ! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 24/05/2008
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