CANTO DE FRASSINO

Os meus horizontes são de Vida e de Esperança !

Meu Diário
27/06/2013 17h58
CRISTO, NAPOLEÃO E ANTERO

 

O que têm de comum estas três PERSONALIDADES? Estou convicto que a sua intercessão identitária pode perfeitamente compreender-se, à luz da historicidade ocidental, numa vertente mítica prometaica.

A escolha assenta, claramente, numa pressuposta estrutura tridimensional: a Religião/Ideologia, a Estratégia/Liderança e a Cultura/Arte. Podemos constatar, segundo “rezam” os Documentos disponíveis (qualquer que seja a metodologia hermenêutica utilizada), que estas três Personalidades, ao longo da sua postura terrena e existencial, ocorreu-lhes comummente o seguinte fenómeno: «venceram todas as batalhas, excepto a última».

A – Tiveram de comum um desenvolvimento intelectual relativamente precoce, comparado com os jovens da sua Época;

B - Desenvolveram uma instrução/educação acima da média, ou mesmo, bastante elevada;

C – À volta dos vinte e poucos anos já assumiam níveis culturais fora do comum;

D – Desde cedo individualizaram opções, fundamentadas no idealismo e na consciência messiânica;

E – Construíram por si mesmos «Projectos» que, considerados carismáticos, tentaram cimentá-los à sombra da convicção, da autonomia e de uma crença ilimitada.

Criaram, a partir destes pressupostos, três HORIZONTES HISTÓRICOS, aparentemente distintos, mas complementares: o «Cristianismo» (ideal de Vida, na forma mais original): o «Bonapartismo» (o ideal do Super-homem) e o SOCIALISMO (ideal do Colectivismo). Três grandes DOUTRINAS: o AMOR, o PODER e o SOLIDÁRIO. Três vidas que, no seu devir, cresceram (com avanços e recuos) dentro de uma forte consciencialização, autonomia, abnegação e estruturados na crença de um destino “messiânico determinista”. O carisma que intersecta indelevelmente estas três personalidades, pairando no plano de uma horizontalidade metafísica, dá pelo nome de LIBERTAÇÃO.

Pelos factores mais díspares próprios da espécie, esbarraram, na sua finitude existencial, num fenómeno considerado como um “beco sem saída”, culminando na mais baixa condição/frustração humana.

Assim se entendem os quase inexplicáveis DRAMAS do Jardim das Oliveiras/Gólgota, das colinas de Santa Helena ou do Campo de São Francisco: sumas ascensões, abjectas quedas.

 

Frassino Machado

In CAMINHOS DO PENSAR

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Publicado por FRASSINO MACHADO em 27/06/2013 às 17h58

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