“Dedicado ao poeta Lobo Mata”

Quando revejo e penso nas tuas atitudes,
Toda aquela postura indómita fremente
Que deixa estranha sensação a muita gente,
Pergunto a mim: que pensarão pessoas rudes?

Quando inquiro e pondero, muito obviamente,
Sobre quem reage assim nas meras vicissitudes
Fazendo duvidar se reais são suas virtudes,
Pergunto a mim: estarei a ver correctamente?

Mas, depois, eu concluo, com toda a convicção,
Que no combóio da vida em que todos viajamos
São tantas as agruras que ora vislumbramos
Que não tem lógica uma imagem de mansidão…      

Caro poeta, de “lobo” te vestiste é certo,
Mas bem dentro de ti mora um´ alma de magia
Que te faz assemelhar a um “Che da poesia”
Sempre pronto a lutar por um ideal concreto.

Não tens fuzis, nem balas, nem Revolução
Mas tens palavras, tens poemas, tens coração!

Frassino Machado
In OS FILHOS DA ESPERANÇA