CANTO DE FRASSINO

Os meus horizontes são de Vida e de Esperança !

Meu Diário
03/11/2008 07h54
PARA ACERTO DE UNS DETALHES

Missiva ao Dr. Miguel Real, para acerto de uns detalhes: 

Caríssimo amigo,
agradeço sensibilizado a sua contribuição para a qualificação da minha Comunicação do próximo Congresso Vieirino. É sempre positivo o diálogo estabelecido nestes preparos culturais pois muitas vezes passam-nos ao lado aquelas imprecisões que são de evitar. Quero todavia esclarecer o que concerne, nesta questão, ao meu Texto.
Quanto ao seu primeiro ponto, (1. - Deve referir em nota-de-roda-pé os livros que cita: autor, livro (em it.), cidade, editora, ano e página;) eu tenho salvaguardadas essas indicações bibliográficas que aponta no Texto-base (mais desenvolvido e aprofundado). A versão que lhe enviei é uma súmula do mesmo, que servirá de guião para a Comunicação em si, compreende? Acontece que o primeiro Texto é bastante longo e nunca o utilizaria para um tempo que, como sabemos, é exíguo. Além disso, devido a imagens que contém, que ainda são bastantes, é sempre difícil o envio por anexo… daí ter-lhe apenas enviado a Súmula. No original, que enviei ao Secretariado, em princípio está tudo nos conforme.
Relativamente ao segundo ponto, (2. - Na primeira página refere que p. A. Vieira pertence ao século das luzes. Este é o século XVIII, e PAV viveu no século XVII. O Iluminismo é a crença no poder absoluto da razão e PAV está mais ligado à profecia e ao providencialismo que ao racionalismo (este só em parte).) , ó amigo Dr. Miguel eu que sou, sem falsas modéstias, um especialista em História, nomeadamente Moderna e Contemporânea, acha que eu olvidaria que o Pe. António Vieira é do Século XVII ? Só por lapso… E que olvidaria de igual forma que o Século das Luzes é o XVIII? Só por lapso também... De igual modo nem me passaria pela cabeça esquecer-me que o Pe. Vieira “está mais ligado à profecia e ao providencialismo do que ao racionalismo”… mas, olhe que o seu parêntesis (este só em parte), contém rigorosamente aquela «tese» que eu sustento na minha Comunicação. No fundo, concordamos com o fenómeno, não acha? Senão repare no que eu digo a seguir na Súmula:
(… Apesar disso ousarei dizer que o Padre António Vieira – na amplitude do ideário que sempre defendeu e pelo qual lutou – deixou-nos indelevelmente de uma forma, direi profética, algumas das marcas carismáticas que viriam a ser apanágio do Século das Luzes.
Entre elas sobressaem, sem sombra para dúvidas, a paixão pela Liberdade e o respeito pela Dignidade Humana.)
Como vê os meus dois termos sublinhados encaixam no Século das Luzes e são duas fortes «costelas vieirinas», tal como eu sei que concorda, ou não?
Mas eu, para burilar assertivamente um pouco o texto, escrevi o que agora pode ler:
(… o Padre António Vieira – na amplitude do ideário que sempre defendeu e pelo qual lutou – deixou-nos indelevelmente de uma forma, direi profética, algumas das marcas carismáticas que viriam a ser apanágio do Século das Luzes.).
Entende-se melhor assim, não acha? Pois é assim que ficará, se não discordar!
Cordialmente o meu abraço

Frassino Machado


Publicado por FRASSINO MACHADO em 03/11/2008 às 07h54

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